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Transição planetária: o futuro da Terra e a geração nova

Os inúmeros mundos que existem no universo têm uma classificação de acordo com o grau de adiantamento moral de sua humanidade. Assim, temos os mundos primitivos, os de expiação e provas, os de regeneração, os felizes e os mundos celestes.

O planeta Terra é um mundo de expiação e provas, onde, infelizmente, o mal ainda predomina sobre o bem. Nesse presente momento o nosso orbe está vivendo uma importante transformação para passar à condição de planeta de regeneração, onde o mal em todas as suas faces será menos intenso, e haverá progressivamente o predomínio do bem.

Estamos, portanto, em uma fase a que se chama de transição planetária. Esse período de mudança é longo, e vai ocorrendo pouco a pouco.

Primeira transição planetária: exilados de Capela

A Terra já viveu uma transição em seu passado, conforme nos relata Emmanuel:

“Há muitos milênios, um dos planetas da constelação de Cocheiro, muito semelhante à Terra, atingira o ponto mais alto de seus ciclos evolutivos. Mas existiam lá alguns milhões de espíritos rebeldes que estavam dificultando a consolidação das conquistas daqueles povos cheios de piedade e de virtudes. As grandes comunidades espirituais, diretoras do cosmo, resolveram então que aqueles espíritos pertinazes no crime que não conseguiam acompanhar a evolução dos demais deveriam ser enviados para a Terra”.

O planeta em questão ao qual se referia o insigne instrutor era Capela. O ciclo de encarnação daqueles espíritos começou há sessenta mil anos, mas como a quantidade desses irmãos infelizes era imensa, o ciclo de encarnações levou milênios. Esses capelinos reencarnaram em alguns locais da Terra, como no Oriente, na China, no antigo continente da Lemúria e na Atlântida.

capela

Embora tenham sido banidos de seu orbe de origem, eram espíritos dotados de muita inteligência, afinal, vieram de uma civilização bastante superior à Terra, com mais conhecimentos. Assim sendo, sua presença propiciou uma sensível modificação no ambiente terrestre e enorme impulso foi dado àquela iniciante civilização terrestre em todos os setores de suas atividades.

Contrastando enormemente com o aspecto material e intelectual dos homens da época, esses irmãos eram vistos como superiores. Sob o impulso dos capelinos, trogloditas e tribos selvagens que viviam em palafitas aprenderam a construir cidades nos lugares altos, mais defensáveis e mais secos, em torno dos quais as multidões aumentavam dia a dia. Tribos nômades se reuniram, formando nações, com territórios mais ou menos delimitados, assegurando aos poucos o sentimento de uma consciência coletiva. Os homens assim, organizados socialmente iniciaram um novo e promissor período de civilização. Adotaram-se costumes mais brandos, e surgiram os primeiros rudimentos das leis, assim como o primórdio da fé e a noção de divindade.

Encarnados como atlantes – população do continente da Atlântida, que se supõem ter desaparecido no ano 9.500 antes de Cristo, submersa pelo mar –, os capelinos que ali estavam eram muito avançados, tinham um profundo conhecimento da metalurgia, e em suas cidades havia muito ouro, que utilizavam, inclusive, na edificação de seus palácios. Esse conhecimento foi passado aos povos da Terra, que saíram da idade da pedra polida e começaram a utilizar os metais.

Os sobreviventes desse continente perdido viajaram por muitos locais no globo e  deles surgiram os chineses, os astecas, os maias e os incas. Os capelinos foram também responsáveis pelo surgimento de uma das mais famosas civilizações de todos os tempos, os egípcios, com os seus enormes conhecimentos em agricultura, medicina, astrologia e matemática.

Nova transição planetária: tempos atuais

Allan Kardec, na sua obra A Gênese em seu capítulo XVIII, nos ensina no item A geração nova:

“Nosso globo, como tudo o quanto existe, está sujeito à lei do progresso, progride fisicamente pela transformação dos elementos que o compõem e moralmente pela purificação dos espíritos encarnados e desencarnados que o povoam.”

A humanidade realizou até os dias de hoje incontestáveis progressos, os homens por sua inteligência chegaram a resultados impressionantes sob o ponto de vista das ciências, das artes e do bem-estar material, mas resta-lhes ainda um imenso progresso a realizar, que é o da moral. É preciso fazer reinar a caridade, a fraternidade e a solidariedade.

A humanidade se transforma, como já se transformou em outras épocas, e cada mudança é marcada por crises, frequentemente penosas e dolorosas. E é nesse ponto que chegamos à transição planetária atual. Muitos espíritos já estão sendo banidos da Terra, nos moldes dos capelinos. Aqueles que têm a propensão para as paixões degradantes, para os sentimentos antifraternos do egoísmo, do orgulho, da inveja, do ciúme, da violência, e que não aproveitaram a última chance de modificar-se, serão banidos do planeta. Assassinos, corruptos, entre outros, terão de viver novas experiências em planetas inferiores, pois a sua condição vibratória e atitudes não mais condizem com o momento pelo qual o planeta está ingressando.

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A nova geração de espíritos no planeta Terra

Para a transição atual se completar, além da expulsão de espíritos que não se adequam mais ao novo padrão moral, uma geração com atitudes que reforçam a propensão ao bem está encarnando no planeta.

Na obra A Gênese, Allan Kardec informa:

“Para que os homens sejam felizes sobre a Terra é preciso que ela seja povoada apenas por bons espíritos, que apenas queiram o bem.”

Assim a nova geração, devendo fundar a era do progresso moral, distingue-se por uma razão e inteligência geralmente precoces, unidas ao sentimento inato do bem e das crenças espiritualistas, além da proteção à natureza e aos animais. Essa geração não será composta eminentemente por espíritos superiores, mas por aqueles que já compreenderam em sua evolução o caminho do bem, e que estão predispostos a assimilar todas as ideias progressistas e a secundar o movimento regenerador.

Muitos desses espíritos da geração nova já reencarnaram, e nós mesmos podemos perceber ao observarmos as crianças atuais, dotadas de uma inteligência e esperteza que nos surpreende. Esses espíritos que estão vindo, e muitos outros que ainda virão, terão destaque nas artes, nas ciências, na política, na medicina, ajudando na transição planetária, unindo os esforços junto com os que aqui ficarem para finalmente tornar a Terra um planeta melhor.

Por Gilson Pereira

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