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Extraterrestres na casa espírita

Um assunto que desperta a curiosidade de muitas pessoas, é sobre a existência de vida inteligente fora do planeta Terra.

Em Porto Rico, na cidade de Arecibo, esteve em operação de 1963 a 2020 o então maior radiotelescópio do mundo, cuja finalidade era sondar o espaço na esperança de comunicar-se com uma civilização extraterrestre através do envio de sinais de rádio. Em 1974, uma grande transmissão foi feita para o aglomerado de estrelas Messier 13, em uma experiência que ficou conhecida como “a mensagem de Arecibo”. Para a frustração dos cientistas, nenhuma resposta foi obtida. Esse grande radiotelescópio fazia parte do Projeto Seti (Search For Extratrerrestrial Intelligence), em português, “Procura por Vida Inteligente”.

Allan Kardec em O Livro dos Espíritos ensina “que todos os globos que circulam no espaço são habitados e que o homem terreno está longe de ser o primeiro em bondade, inteligência e perfeição. A constituição física nos diferentes globos não se assemelham, como consequência a forma física de seus habitantes também não. Deus povoou os mundos de seres vivos, e todos concorrem para o objetivo final da providência”. O codificador conclui afirmando“que os seres que os habitam têm uma organização diferente da nossa, pois a organização dos corpos depende do ambiente de cada planeta, substância, calor, eletricidade, densidade e peso”.

Convém notar que, além disso, certos mundos talvez contenham elementos para nós desconhecidos.

Em 1936, foi publicado o livro Cartas de uma Morta, ditado pelo espírito Maria João de Deus, que quando encarnado foi a querida mãe de Chico Xavier. Junto com um instrutor espiritual, ela vai até o planeta Marte e narra alguns aspectos do nosso orbe vizinho. “Vi-me à frente de um lago maravilhoso, junto a uma cidade com edifícios pouco parecidos com os nossos. Vi seus habitantes, de uma certa semelhança aos terrícolas, mas às espáduas possuem uma ligeira protuberância à guisa de asas, que lhes permitem pequenos voos. A vida ali é mais etérea, vi oceanos, mas parecem muito mais profundos. Flores e frutos têm uma coloração avermelhada, os marcianos conhecem os profundos enigmas da eletricidade. Na astronomia são muito mais adiantados que os terrícolas. Guerras ou flagelos seriam lá eventos jamais imaginados. A vibração de paz e harmonia ali reinantes são nunca sonhadas na Terra”.

Erasto, um dos principais espíritos que colaboraram com Kardec na codificação, também descreve os marcianos,“eles têm formas muito parecidas com a vossa, mas têm pequenas protuberâncias nos ombros. A forma de comunicação é mental, a vida é mais aérea, e para cobrir grandes distâncias utilizam engenhos extrafísicosque rapidamente cruzam os ares daquela atmosfera”.

O espírito Ramatís, em seu livro A Vida no Planeta Marte, descreve os habitantes daquele orbe como seres muito mais adiantados que os terrícolas pois não têm os vícios e as paixões inferiores que ainda imperam na Terra. Informa também que no campo moral estão 1.000 anos à nossa frente e em termos tecnológicos, 500 anos.

Afirma, ainda, que são seres muito semelhantes a nós, tendo, porém, uma protuberância acima dos ombros.

Importante notar que a descrição do tipo físico do marciano é a mesma dada pelos espíritos Erasto, Ramatís e Maria João de Deus. Este último ainda em seu livro Cartas de uma Morta, visita Saturno e descreve os seus habitantes, informado que “os saturninos são extraordinariamente mais avançados que os terrícolas, não há vícios, suas habitações são graciosas e seus habitantes dedicam-se totalmente à espiritualidade”.

Na Revista Espírita de abril de 1858, o espírito Bernard Palissy, que quando encarnado na Terra foi um escritor e erudito francês, através do médium Victorien Sardou, relata aspectos do planeta Júpiter onde habita agora. “Júpiter é cercado por uma espécie de luz espiritual, em relação com a essência de seus habitantes, que têm a conformação parecida com a vossa, mas são mais altos que os terráqueos. A matéria de seus corpos é muita muito menos condensada que só pode ser comparada aos seus fluídos imponderáveis dando a eles um aspecto vaporoso, imaterial e luminoso, principalmente nos contornos do rosto e da cabeça. São seres de uma enorme beleza. Sua principal ocupação é o encorajamento dos espíritos que habitam os mundos inferiores, a fim de que perseverem no bom caminho. Não havendo entre eles infortúnios a ser aliviados, vão procurá-los onde esses existem”.

Presença de seres extraterrestres nos centros espíritas

Allan Kardec na Revista Espírita de março de 1858, ensina que “entre os habitantes dos inúmeros mundos habitados, uns são mais, outros menos adiantados do que nós do ponto de vista moral, intelectual e mesmo físico. O espaço está povoado por seres inteligentes invisíveis para nós, assim tudo é povoado no universo e a vida e a inteligência estão em todos os globos, e até nas profundezas etéreas”.

Todos os planetas do nosso sistema solar estão sendo observados há décadas, através do envio de várias sondas que os fotografaram e enviaram para a Terra milhares e milhares de fotos sendo que em nenhuma delas tenha sido encontrado qualquer indício de uma civilização lá existente. O que se vê são paisagens desoladoras, em ambientes absolutamente hostis para o homem terrestre.

Entretanto, conforme os ensinamentos do Espiritismo, sabemos que quanto mais depurado o espírito, menos denso é o seu corpo físico. Assim, mesmo que a ciência não tenha constatado que os planetas vizinhos à Terra sejam habitados, na realidade, suas humanidades por serem tão mais avançadas do que a nossa estão em uma outra dimensão, não sendo assim possível serem vistos com os olhos do corpo físico.

Na Gênese, vamos encontrar importante informação dada à Kardec: “espaço inimaginável existe além das estrelas, lá em condições diferentes da do vosso planeta, novos mundos revelam-se e desdobram-se em formas de vida que as vossas concepções não podem imaginar, nem vossos estudos comprovar”.

Camille Flamarion foi espírita, astrônomo, pesquisador e divulgador científico francês, homem de grande bagagem intelectual e moral, foi amigo pessoal de Allan Kardec, tendo inclusive proferido um emocionante discurso quando do sepultamento do codificador. É autor de várias obras, entre elas A Pluraridade dos Mundos Habitados e Urania. Neste último, é levado a vários mundos por uma entidade elevada que mostra a ele os seus habitantes e particularidades. Flamarion ao citar Marte e os marcianos,afirma: “são muito superiores aos terráqueos, são muito mais evoluídos pela delicadeza de seus sentidos e pelas faculdades intelectuais. Possuem sentidos ignorados pelos terrícolas, são seres mais sutis.  

Há alguns anos uma dirigente de uma grande casa espiritualista afirmou que certa feita recebeu a visita de um ser feminino de Plêiades, conglomerado de estrelas da constelação de Touro, distante da Terra absurdos 440 anos-luz. Pois bem, esse ser, muito alto, com cerca de três metros de altura, perguntou à pessoa se poderia ajudar nos trabalhos daquela casa, nas atividades de cura, no que obviamente foi prontamente atendida. Seres arcturianos, também se fazem presentes naquela instituição. A dirigente da casa comentou que quando os médiuns souberam da presença dessas entidades trabalhando no local, alguns se afastaram alegando que a mesma estava obsediada.

Um conhecido autor espírita afirma em um de seus livros que ele certa feita durante um trabalho em um centro espírita viu três entidades reconhecidamente extraterrestres, identificadas pelas suas formas diferente pois eram esguios e vestiam-se com trajes incomuns. Tempos depois, apresentaram-se dizendo ser de Júpiter e que o objetivo de seu contato era para incrementar o nosso conhecimento.

Em 2017, quando trabalhava em uma casa espírita, videntes notaram a presença de seres etéreos reconhecidamente provenientes de outro planeta pelas suas características, imanando muita luz, altos e com configuração levemente semelhante à nossa. Comunicaram-se através da psicofonia e falando com imensa dificuldade informaram ser de Marte e que além deles, existiam outros seres.

Meses depois, de fato outras entidades foram vistas por alguns médiuns presentes, que os descreveram como sendo seres muito altos, vestidos com uma espécie de macacão prateado. Estavam em três e irradiavam tanta luz que pareciam ser uma verdadeira usina de energia. Dialoguei com um deles, então ao perguntar a sua origem, o mesmo respondeu dizendo que era de Júpiter, e a exemplo dos outros visitantes, também falava com uma enorme dificuldade. Disse que estavam aqui para ajudar. Tocado de enorme entusiasmo por ter conseguido dialogar mesmo que brevemente com um ser tão superior, mal dormi naquela noite e recebi uma frase, que “entrava“ na minha cabeça, e dizia insistentemente “veernekem akkor down deer”. A mensagem só cessou quando me levantei e a anotei. Tenho certeza que foi enviada por aquele ser, mas o seu significado permanece um mistério.

Com o passar do tempo, outras entidades provenientes de outros orbes também se fizeram presentes, tendo inclusive muitas delas manifestando-se também através de psicografia, ditando caracteres de grande complexidade cuja tradução nos parece extremamente difícil.

Importante salientar que em todas as reuniões aqui relatadas, tanto as mensagens faladas como as de psicografia oriundas desses irmãos de tão longe, foram recebidas por médiuns experientes, dignos de total confiança. Salta aos olhos as mensagens recebidas através de escrita, pois são de uma complexidade tão grande que afasta a possibilidade de uma suposta fraude ou infiltração de entidades de baixo campo que poderiam tentar passar-se por seres elevados, à guisa de divertirem-se com a boa fé dos presentes.

O momento pelo qual passa a Terra, ou seja, uma transição de um mundo de expiação e provas para um mundo de regeneração, justifica perfeitamente a presença desses nossos irmãos que vêm de tão longe, usando um meio de locomoção desconhecido na Terra. Estão atuando nos trabalhos de cura, nos de desobsessão, encaminhando irmãos para esclarecimento, ajudam os médiuns no desenvolvimento de sua mediunidade, inspiram governos da Terra a procurar a paz e deixam um enorme exemplo do quanto ainda temos que evoluir moral e tecnologicamente falando para um dia alcançarmos a mesma evolução que eles têm nos mostrado.

“Em verdade, nada disso nos afigura absurdo, a não ser que queiramos impor as nossas próprias limitações à infinita riqueza da realidade universal”

(General Alfredo Moacyr Uchoa)

Texto de Gilson Tadeu Pereira

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